Há algo flutuando entre a tua
língua
E o céu da tua boca.
Flutuando...
Como flutuam os astros
– Estrelas no fundo escuro do
céu
E bolhas de sabão
E pensamentos bons.
Há algo flutuando
E pairando nas periferias da tua pele
Saltando de dentro para fora
Exalando-se.
Há palavras soltas
Nascendo em tua garganta
Buscando as saídas
As portas do teu ser
A luz
O exterior, o extremo
O outro lado – de fora –, do
outro
– De um outro que não chega?
Onde guardas as palavras
Quando finda o dia?
Onde guardas os astros,
As bolhas de sabão,
E os pensamentos tantos
Que flutuam entre a tua
língua
E o céu da tua boca?
Onde guardas tua verdadeira
alma?
EmmyLibra
Mar 7, 2012 – 11:26a.m.