Tuesday, June 11, 2013

Uno

Quando – e somente quando – a humanidade não precisar mais da existência de psicólogos, então poderá afirmar que está em condições de COMEÇAR a ter consciência religiosa verdadeira. 
Por enquanto, o que temos é uma dependência do sobrenatural para suportar nossas frustrações e para nos apoiar, como aleijados, usando a ilusão de que as forças que vêm das divindades nos possam suspender do chão, quando este nos parece muito cheio de cascalhos causticantes.
A experiência da comunhão verdadeira e efetiva com Deus, a partir de então, passará a ser vista não como um amuleto que nos proteja ou como um alimento que nos sacie – nos sirva –, mas como uma energia que flui, dinamicamente, dEle para nós e de nós para Ele, incessantemente, perenemente.
Religião ainda tem conotação muito próxima de suporte para pendurarmos nossas angústias e anseios. Também serve para exercitarmos a falsa humildade de não assumirmos nossos sucessos, pela ilusão de que, assumindo-os, nos tornaríamos menos dignos.  
Dia chegará em que religião será apenas um conceito circunscrito ao passado das palavras e sentidos materiais humanos. Não haverá mais a necessidade dela, porque seremos em Deus e Ele em nós, como algo íntimo, indissociável, uno. Seremos, enfim, o que Ele talvez espere de nós, desde a nossa criação.


EmmyLibra
Jun 11, 2013 - 12:03 p.m.

1 comment:

Carol Marinho said...

simplesmente divino .. não tem como comentar mas nada, você já falou tudo que havia pra ser dito .. :D