A felicidade
visitou-me
Feito um
colibri
Beijou-me à
testa
–
Gentilmente
Abraçou-me com
suas asas
–
Demoradamente
Depois se
foi
– Celeremente
Deixou de si
em mim
Uma
lembrança morna,
Um cheiro de
penas
E uma
saudade dorida.
Nada mais.
Foi-se
embora como veio:
Na pressa
das horas do ocaso
Que
desembocam em noite
Sem pausas
para sonhar
Agora, vivo
a cultivar lírios,
Esperando
que um dia volte,
Quer seja na
pressa
De qualquer
hora de ocaso
Quando a
noite urge chegar,
Quer seja na
pressa da aurora,
Quando as estrelas
adormecem
E os sonhos transformam-se
em dia.
Espero a tua
visita, mesmo breve,
Lesta
felicidade-pássaro!
Espero o
farfalhar de tuas penas
E o lépido
beijo em minha fronte.
Dá-me de ti teu
cheiro de ave
E faz no meu
jardim, de lírios,
Um pequeno
instante de pouso,
Uma pequena
pausa – em mim
Para que eu
possa sonhar.
EmmyLibra
Jun 16, 2015
7:30pm