Sinto falta
do tempo em que eu te bebia.
Bebia teu
conteúdo, tuas ideias, teus saberes.
Bebia tua
genialidade, diluída em palavras e gestos.
Era muito
bom sentir o teu gosto em minha saliva!
Alimentava-me. Fazia-me sentir como se um dia, de tanto
beber o que eras, eu pudesse, enfim, reter em mim um pouco de ti — ao menos o
suficiente para fazer parte do teu mundo, de algum modo, embora certa de que jamais
conseguiria ser tão grande quanto és, ter essa imensidão da tua alma inquieta.
Tua
grandeza me encanta!
Estou
apaixonada por ela...
— Dei-me permissão para estar!
Permiti ao
meu coração amar-te, amar teu gosto.
E, sempre
que for possível, voltarei a ti, como a uma fonte, para enganar a sede que me
persegue: de saber, de conhecer, de conhecer-te; de possuir em minha própria existência uma
pequena porção do precioso material de que te constituis e cujo nome desconheço,
mas que me sacia!
Conta-me,
então: de que és feito, afinal?
De
dor? De sonhos? De Filosofia?
Não consigo
saber, sem que me digas.
Só sei que te
faz existir além do corpo. Além, mesmo, do
que chamam de alma!
És maior do
que tua própria pele!
Nunca te
apercebeste?
Eu percebi. E senti.
E tocar-te é
como tocar o inefável!
EmmyLibra
May 16, 2014
– 10:57am
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