Para tudo na vida há uma necessidade, uma aplicação prática e positiva. Até os venenos mais tóxicos têm seu uso farmacêutico, fazendo parte de medicamentos importantes e salvando vidas.
Assim também os sentimentos – mesmo os que nos parecem torpes à primeira análise – devem ser provados e vivenciados por nós, em doses que variam, de acordo com seus efeitos.
Da mesma forma, aqueles que nos parecem muito positivos, como o amor, devem vir em doses homeopáticas, para que não se percam seus benefícios.
Excesso de ódio nos faz perigosos; sua falta nos faz patéticos e indiferentes à distância entre o bem e o mal.
Excesso de tolerância causa no outro a sensação de que tudo pode, e faz progredir o mal nele; sua falta faz guerras e antipatias.
Excesso de zelo gera obsessivos; sua falta gera incompetência e desleixo.
Excesso de prudência nos leva a estagnar; sua falta nos conduz aos abismos.
Excesso de amor por si mesmo gera egoísmo; a sua falta gera suicidas.
Excesso de amor ao outros lhes subtrai a necessidade de sofrer para compreender a essência da vida; a falta desse sentimento gera todos os outros vícios morais de que se tem conhecimento.
Absolutamente tudo nesta vida pode e deve ser provado, guardadas as proporções seguras e os momentos propícios.
Assim como os vinhos, também os sentimentos devem ser usados com moderação.
Nada é pecado, de fato... Só o uso desmedido ou indevido das coisas.
EmmyLibra
Mar 28, 2008
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