Sunday, December 03, 2017

Concretude

Meu sono vem do cansaço.
Já não há mais poesia no dormir!

Tenho pesadelos, inquietações,
Reflexos dos meus dias
Quase sempre mal vividos,
Passados por mim, sem lirismo.

A vida não tem mais espaços vazios
Para que eu os preencha com flores.
Há concreto nas ruas,
Concretude demais no coração dos Homens.

A Terra parece multiplicar sua gravidade
E os meus pés,
Outrora caminhantes das estrelas,
Pisantes de nuvens,
Agora arrastam-se pesadamente
Sobre o solo árido
Das minhas realidades cotidianas.

Emmylibra
Dec 4, 2017 - 0:55 a.m.

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