Numa hora falavas comigo
E tua fala me chegava
Tão doce… Um bálsamo,
Suavizando as dores!
E tua fala me chegava
Tão doce… Um bálsamo,
Suavizando as dores!
No instante seguinte
Ela me parece torpe, cruel!
Já não é mais a mesma.
Depois que me mataste um pouco
Depois que vi em ti pensamentos loucos
Estranhos, comestíveis, desenfreados
Despejados sobre esse meu corpo,
Estremeci.
Depois que vi em ti pensamentos loucos
Estranhos, comestíveis, desenfreados
Despejados sobre esse meu corpo,
Estremeci.
E, ao ouvir-te de novo
“Meu bem” - dizias, quase como antes!
Mas nunca como antes.
- Nunca será como antes!
Esfriei sob a pele,
Doeu por dentro.
“Meu bem” - dizias, quase como antes!
Mas nunca como antes.
- Nunca será como antes!
Esfriei sob a pele,
Doeu por dentro.
Porque antes desejei viver
Para ti também, por ti também.
Um pouco.
Para ti também, por ti também.
Um pouco.
Mas, sepultaste minh’alma
À sombra das árvores frondosas
Das tuas falas fortes,
Imperatrizes, inconsequentes.
À sombra das árvores frondosas
Das tuas falas fortes,
Imperatrizes, inconsequentes.
Acaso não percebeste
Quando respirei o teu ar?
Quando segui teus caminhos?
Quando te contemplei?
Quando respirei o teu ar?
Quando segui teus caminhos?
Quando te contemplei?
Acaso não viste nas horas nuas,
Quando me deste um pouco de vida,
Que eu já estava prestes a sucumbir?
Que era um pouco por ti que viveria
Dali por diante?
Quando me deste um pouco de vida,
Que eu já estava prestes a sucumbir?
Que era um pouco por ti que viveria
Dali por diante?
Jogaste fora esta vida
Decepaste os seus ramos
Destruíste a sua raiz.
Teus sons tornaram-se lâminas!
Decepaste os seus ramos
Destruíste a sua raiz.
Teus sons tornaram-se lâminas!
Hoje, murcham os sonhos
Os planos, as coisas todas
Que plantaste com tuas palavras
Quando elas ainda tinham doçura.
Os planos, as coisas todas
Que plantaste com tuas palavras
Quando elas ainda tinham doçura.
Já não te reconheço.
Talvez agora, simplesmente,
Te conheça - enfim!
Te conheça - enfim!
Mas preferia aquel’outro
Que me ergueu das cinzas,
Mesmo que agora
Ele já me pareça tão falso.
Utópico. Irreal.
Que me ergueu das cinzas,
Mesmo que agora
Ele já me pareça tão falso.
Utópico. Irreal.
Esse a quem ora me apresento
É o algoz que me fere,
Que transpassa meu coração
Com a espada gélida e tóxica
Da desesperança.
É o algoz que me fere,
Que transpassa meu coração
Com a espada gélida e tóxica
Da desesperança.
EmmyLibra
Aug 1st, 2018 - 2:48 p.m.
Aug 1st, 2018 - 2:48 p.m.
No comments:
Post a Comment